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Sue Ann considera uso de vacina heteróloga em terceira dose contra a Covid

No centro do Roda Viva, a pesquisadora ressaltou que é preciso aguardar o resultado de estudos sobre combinação de imunizantes


04/10/2021 22h20

Sob o comando de Vera Magalhães, o Roda Viva desta segunda-feira (4) recebeu a médica e pesquisadora Sue Ann Costa Clemens. À frente do primeiro mestrado de vacinologia do mundo, ela avaliou o uso de imunizantes contra a Covid-19 produzidos com vírus inativado e opinou sobre a vacinação heteróloga, com doses de fabricantes diferentes.

Questionada sobre a eficácia de vacinas inativadas, Sue Ann afirmou que todos os imunizantes disponíveis contribuíram para frear a pandemia. Apesar de considerar a queda na proteção contra a doença com este tipo de vacina, a médica argumentou que, caso seja comprovado pela ciência, será possível reforçar a imunização com a combinação de doses de marcas distintas.

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“Também vemos na literatura a utilização de vacinas de plataformas heterólogas. Então, se você tem uma imunização primária com vacina inativada, como é que a gente melhora isso, como é que a gente dá um reforço com um nível muito elevado? Com uma vacina heteróloga, e é isso que estamos buscando no nosso estudo”, explicou.

A pesquisadora ainda ressaltou que, antes, é preciso analisar em que circunstâncias os imunizantes com vírus inativado apresentam de fato redução na eficácia. “A gente tem que ter esse leque de opção para saber o que fazer, como agir, em vigência das situações que nos são impostas. [...] temos que ter evidências científicas para poder montar uma estratégia de saúde pública”, frisou.

Sue Ann também foi indagada se julga válidas as atuais negociações para compras futuras de vacinas inativadas. A médica afirmou que é preciso levar em conta os resultados das pesquisas sobre a eficácia desses imunizantes, bem como a duração da autorização para o uso de vacinas de outros tipos.

“Em relação a que vacinas comprar, eu acho que vai depender muito desses tipos de resultado, mas também do aspecto regulatório, porque, se a gente observar, dependendo de país para país, o uso emergencial expira, caduca. Acho que isso é um aspecto muito relevante na compra de futuras vacinas também”, alertou.

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Assista ao trecho:

Participaram da bancada de entrevistadores Constança Tatsch, repórter de saúde do jornal O Globo; Mariana Varella, jornalista de saúde e editora-chefe do portal Drauzio Varella; Maria Manso, repórter da TV Cultura; Matheus Meirelles, videorrepórter da CNN Brasil; e Sabine Righetti, jornalista doutora em política científica, pesquisadora da Unicamp e coordenadora da Agência Bori.

Assista ao programa na íntegra:

O programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube, no Dailymotion, nas redes sociais Twitter e Facebook.

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