Nesta terça-feira (5), o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o relatório final "com certeza" vai pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Renan foi questionado sobre o tema por jornalistas na chegada à comissão.
"Com certeza será [indiciado]. Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório. Ele com certeza será, sim, pelo o que praticou", disse o relator.
A CPI chegou à reta final dos trabalhos. A previsão é de que o relatório seja apresentado e votado na segunda quinzena deste mês. Depois que o relatório for aprovado pela comissão, será enviado ao Ministério Público, que decidirá se acata ou não os pedidos de indiciamento.
Renan disse ainda que, além do presidente, devem entrar na lista de pedidos de indiciamento também ministros e “aquelas pessoas que tiveram participação efetiva no gabinete paralelo, no gabinete do ódio e todos aqueles que tiveram responsabilidade no desvio de dinheiro público e da roubalheira”.
“Essas pessoas serão responsabilizadas. Nós utilizaremos os tipos penais do crime comum, do crime de responsabilidade, do crime contra a vida, do crime contra a humanidade e estamos avaliando com relação a indígenas a utilização do genocídio”, afirmou o relator.
Nesta terça, a CPI ouve o sócio-administrador da empresa VTCLog, Raimundo Nonato Brasil. A comissão quer saber se a VTCLog foi favorecida irregularmente em contratos com o governo.
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