Jair Bolsonaro informou nesta quarta-feira (6) que deseja prestar depoimento presencial no inquérito que apura uma possível interferência dele na Polícia Federal (PF). O Supremo Tribunal Federal (STF) ia julgar o pedido do presidente para fazer o depoimento por escrito, mas, após a manifestação, o julgamento foi suspenso.
O ministro Alexandre de Moraes era o relator do processo e ia julgar o pedido na tarde de hoje. Bruno Bianco, advogado-geral da União, pediu que Bolsonaro possa escolher o local e a data para prestar o depoimento.
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Quem toma a decisão sobre o depoimento do presidente é de Moraes, que assumiu a relatoria do caso após a aposentadoria do ex-ministro Celso de Mello.
Relembra a denúncia
A investigação de que Bolsonaro teria interferido na PF por motivos pessoais começou em abril de 2020 após denúncias do ex-ministro da Justiça Serio Moro. Segundo o ex-juiz, o presidente trocou o comando da PF para ter acesso a investigações.
No depoimento, em maio de 2020, Moro disse que Bolsonaro "pediu" o controle da superintendência da PF no Rio de Janeiro, que investiga casos envolvendo a família do presidente.
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Já o depoimento de Bolsonaro foi prorrogada diversas vezes, sendo a última em julho deste ano. A polêmica começou em setembro de 2020, quando Mello negou a Bolsonaro a possibilidade de depor por escrito. O ministro concedeu o direito de comparecer ou não ao depoimento. Escolhendo depor, teria que comparecer presencialmente.
Com a confirmação do depoimento, a PF fica mais próxima de finalizar o inquérito e encaminhar para a avaliação da PGR.
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