Brasil chega a 600 mil mortos por Covid-19

Segundo boletim divulgado pelo consórcio de imprensa nessa sexta-feira (8), o Brasil chegou à marca de 600 mil mortes pela Covid-19. O número de casos passa dos 21 milhões. Atualmente, o momento é de desaceleração da pandemia com a média de óbitos diários em 483, a menor desde novembro do ano passado.

A primeira morte por Covid-19 no país foi confirmada no dia 12 de março de 2020, momento em que a quarentena foi instaurada, a fim de conter a disseminação do vírus. Depois disso, o quadro se agravou consecutivamente, chegando a mais 3 mil mortes por dia, em abril deste ano.

Quando o Brasil atingiu a marca de 500 mil mortos, morriam cerca de 2 mil pessoas por dia, quatro vezes a média atual. Na época, o país contabilizou 100 mil novos óbitos em 51 dias, de 29 de abril a 19 de junho. O número atingido hoje, de 600 mil vítimas por Covid-19, veio 111 dias depois da marca anterior. O intervalo maior demonstra a desaceleração da pandemia.

No entanto, apesar do número de óbitos e de novos casos estarem em queda, o Brasil permanece em terceiro lugar no ranking de maiores médias diárias, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia. Além disso, o país continua sendo o líder mundial de vítimas por Covid-19 - aproximadamente 405 mil - no ano de 2021.

Leia mais: Instagram e Facebook voltam a apresentar instabilidade nesta sexta (8)

A sequência de eventos que levou à catástrofe sanitária no país pode ser vinculada à constante negligência do Governo Federal em reconhecer a seriedade da situação e a demora para tomar medidas eficazes contra a pandemia.

O presidente Jair Bolsonaro, por diversas vezes, minimizou a pandemia da Covid-19. Entre outras atitudes, incentivou aglomerações e desencorajou o uso de máscaras, ignorando as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, disseminou desinformação quando defendeu medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença. Bolsonaro é o único líder mundial que se nega a tomar a vacina contra a Covid-19, mesmo com inúmeros órgãos sanitários afirmando que o imunizante é seguro.

Especialistas vinculam a desaceleração da pandemia à vacinação em massa no país. Cerca de 69% da população brasileira tem pelo menos uma dose do imunizante, enquanto 45% já tomou as duas doses. Ainda, três estados, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo, tem mais de 50% dos habitantes completamente imunizados.

Leia também: Diretor da Sociedade Brasileira de Imunização comenta volta de gestantes ao trabalho presencial no JT