Uma pesquisa realizada pela USP apontou que 80% das pessoas com comorbidades que se contaminaram com Covid-19 permanecem com sintomas pós-doença por até quatro meses após o pior período da doença. Os sintomas mais comuns seriam fadiga, fraqueza, dor de cabeça, falta de ar, tosse, esquecimento e perda de memória.
A instituição paulista observou 175 pacientes com uma média de 53 anos e com Índice de Massa Corporal (IMC) médio de 31,7, o que já configura obesidade, de acordo com os pesquisadores. Além disso, algumas pessoas do grupo de estudos tinham hipertensão e diabete.
Para coletar os resultados, os pesquisadores dividiram os pacientes em três grupos: aqueles que tiveram sintomas leves e sem a necessidade de oxigênio, aqueles que tiveram sintomas moderados e precisaram de internação, e os que tiveram sintomas graves e foram intubados.
O estudo mostrou que pacientes com os quadros mais graves foram os que apresentaram mais sintomas pós-infecção, com um índice de 93%.
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Além disso, a qualidade de vida desses pacientes piorou depois de se contaminar com o coronavírus. Antes da doença, 64% relataram que a vida era boa e 16% muito boa. O número caiu para 56% e 12,3%, respectivamente.
Mesmo com esse resultado em mãos, a pesquisa não para. Segundo o infectologista Fernando Bellissimo, orientador do estudo, o acompanhamento continua por mais um ano. O objetivo é detectar se sintomas são prolongados apenas ou se são verdadeiras sequelas.
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