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Paulo Guedes coloca comida e energia como os responsáveis pela alta da inflação no Brasil

Ministro está em Washington para reunião no FMI e falou sobre a inflação no país, que atingiu os dois dígitos no acumulado dos últimos 12 meses


12/10/2021 16h31

Em viagem aos Estados Unidos, o ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta terça-feira (12) que o aumento dos preços dos alimentos e da energia são os grandes responsáveis pela atual taxa de inflação no Brasil. Além disso, alegou que diversos países também estão sofrendo com a inflação.

“A inflação está em todo o mundo. Metade da inflação é exatamente comida e energia. Por isso, nossa proteção [social] ainda está lá. Vamos manter essa proteção. Vamos aumentar a transferência direta de renda para população pobre para cobrir os preços dos alimentos e da energia”, disse Guedes em entrevista para a CNN Internacional.

A transferência de renda citada por ele é o Auxílio Brasil, programa social substituto do Bolsa Família, que o governo pretende lançar em novembro. O objetivo é elevar o valor mensal do benefício para R$ 300. O valor médio do Bolsa Família é de R$ 190.

O IPCA, índice oficial de inflação do país, atingiu 1,16% em setembro e já acumula alta de 10,25% nos últimos 12 meses. Esse indicador é é quase o dobro do teto da meta de inflação perseguida pelo BC, Banco Central, de 5,25%.

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Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), a inflação deve seguir em alta no mundo inteiro até, pelo menos, dezembro de 2021. Apenas no próximo ano será possível retornar aos níveis pré-pandêmicos.

O ministro está em Washington justamente para participar da reunião anual do FMI.

Política contra a Covid-19

Na entrevista, Guedes foi questionado sobre a maneira como o Brasil combateu a Covid-19. Na última semana, o país atingiu a triste marca de 600 mil mortes pelo coronavírus. Para o ministro, as declarações de que o país não priorizou preservar vidas são “barulho político”.

“Gastamos mais salvando vidas que vocês [Estados Unidos]. Gastamos mais dinheiro salvando vidas que países desenvolvidos. 10% mais. E usamos o dobro de gastos para preservar vidas que a média dos países emergentes”, disse.

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