Prefeitura do RJ irá distribuir 8 milhões de absorventes para alunas da rede municipal
Programa “Livres para Estudar” começa na próxima segunda-feira (18), quando as aulas 100% presenciais retornarem
13/10/2021 17h46
A prefeitura do Rio de Janeiro lançou o programa “Livres para Estudar” nesta quarta-feira (13), que irá distribuir 8 milhões de absorventes por ano para estudantes da rede municipal. A expectativa é ajudar 100 mil alunas e o objetivo é reduzir a evasão escolar por parte dessas meninas.
A distribuição começará na próxima segunda (18), quando as aulas 100% presenciais retomam. O custo do programa será de R$ 14 milhões por ano.
O anúncio foi feito pelo prefeito Eduardo Paes na Escola Municipal Vicente Licinio Cardoso, na Praça Mauá, na região central da cidade.
"Temos que superar esses tabus, menstruação é algo normal, acontece com todas as mulheres. Defendemos a dignidade de gênero, temos que preservar e proteger as nossas meninas, esse é o objetivo da prefeitura. Vamos distribuir absorventes para todas as nossas meninas do segundo segmento da rede pública municipal, que é a maior da América Latina. Que alegria poder colocar o Rio, mais uma vez, na vanguarda", disse o prefeito.
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O programa conta com o apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Rio, da Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e dos grupos Girl Up e Elas na Escola.
"Não pode ser normal que uma menina deixe de ir pra escola simplesmente por não conseguir comprar um absorvente. O que estamos fazendo aqui é dar o mínimo, dar dignidade para nossas alunas estudarem decentemente e não largarem a escola", disse o secretário de Educação, Renan Ferreirinha.
Veto de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou a distribuição gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema. A decisão foi publicada na edição do dia 7 de outubro do Diário Oficial da União (DOU).
O presidente afirmou que vetou o projeto de distribuição gratuita de absorventes femininos para baixa renda porque o texto da proposta não informava de onda sairia a verba.
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