O endividamento das famílias brasileiras bateu recorde, segundo dados de uma pesquisa do Banco Central iniciada em 2005. Quase dois terços da renda média individual estão comprometidos com despesas.
Embora o endividamento esteja alto, a taxa de inadimplência se mantém estável. Segundo a economista Marcela Kawauti, “para os bancos também não é interessante colocar essa dívida como prejuízo nesse momento, é mais interessante dar para o consumidor um tempo para pagar se restabelece. Agora é importante a gente olhar esse dado de inadimplência com bastante cuidado daqui pra frente, porque uma vez que esses incentivos acabam, a gente pode ver sim o crescimento da inadimplência acompanhado do crescimento do endividamento das famílias”.
A inflação e o juros em alta também podem achatar o orçamento já comprometido com tantas dívidas. Segundo os economistas, isso deve prejudicar a retomada da atividade nos próximos meses, já que o consumo é um dos motores da economia, representando dois terços do Produto Interno Bruto (PIB).
“A gente deve ver sim um segundo semestre com menos ímpeto que o primeiro semestre. Isso porque a gente vê a criação de empregos ainda aquém do pré-pandemia, a gente vê as pessoas com muito medo da variante delta, muita gente esperando a vacinação e a inflação puxando muito pra baixo. Então a gente ainda tem essa expectativa de um PIB não muito bom nesse segundo semestre”.
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