No último sábado (16), dois indígenas da etnia Kaingang foram mortos a tiros na Reserva Indígena de Serrinha, no norte do Rio Grande do Sul, em meio a um conflito de arrendamento das terras do local. Moradores denunciaram o cacique da aldeia Marciano Inacio Claudino pelos crimes.

Parte de seus 12 mil hectares de área da reserva são arrendadas pelo líder da aldeia, e a comunidade não o reconhece como cacique por isso, alega que está sendo ameaçada. Ao Jornal da Tarde, Maríndia Silva, esposa de uma das vítimas do último sábado, afirmou que ele morreu lutando.

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Mais de 30 pessoas da etnia Kaingang foram retiradas de suas moradias por segurança, enquanto o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) pediu ação urgente do Ministério Público e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

Roberto Antonio Liebgott, coordenador do Cimi-Sul, reforçou a necessidade de medidas como força-tarefa na região e identificação e responsabilização daqueles que praticam arrendamento de terras em áreas indígenas.

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Em nota, a Funai afirmou estar à disposição para colaborar com o trabalho das autoridades policiais que atuam nas investigações.

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