O número de mortos no pior ataque a tiros da história da Suécia subiu para 11, incluindo o atirador (que atirou contra si mesmo), e pelo menos cinco pessoas que foram gravemente feridas em um centro de educação para adultos em Örebro, a 200 km de Estocolmo.
O atentado ocorreu por volta das 12h30 (horário local) na instituição, que é responsável por atender cerca de 2.000 estudantes, oferecendo cursos de Ensino Médio, aulas de sueco para imigrantes e treinamento vocacional.
Segundo as autoridades policiais, a quantidade total de feridos ainda é desconhecida, o que pode aumentar o número de vítimas. A polícia investiga o caso e não descarta a possibilidade de cúmplices, embora a principal linha de investigação indique que o atirador, cuja identidade segue desconhecida, tenha agido sozinho.
A motivação também não é conhecida, mas, segundo a polícia, “tudo indica” que não tenha sido por causas ideológicas.
Gunnar Strömmer, ministro da Justiça, caracterizou a ação como “um evento que abala a sociedade até o núcleo”. Ele disse que, embora os suecos leiam sobre esse tipo de violência em outros lugares, não imaginavam que algo assim se daria em seu país.
Em homenagem às vítimas, o Riksdag (parlamento sueco), o governo e os palácios reais hastearam as bandeiras a meia haste nesta quarta-feira (5), por determinação do rei.
A Suécia tem lutado contra uma onda de tiroteios e atentados a bomba decorrentes de um problema endêmico de crimes de gangues, embora ataques fatais em escolas ainda sejam raros.
10 pessoas foram mortas em sete incidentes de violência mortal em escolas entre 2010 e 2022, de acordo com o Conselho Nacional Sueco para Prevenção ao Crime. Em um dos casos de maior repercussão na última década, um agressor mascarado de 21 anos, motivado por questões racistas, matou um assistente de ensino e um garoto, enquanto feriu outros dois em 2015.
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