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Anúncio do Auxílio Brasil é adiado depois de racha na equipe do governo

Relator da MP que cria o programa afirmou que o Ministério da Economia não participou das negociações do valor de R$ 400 proposto pelo presidente


20/10/2021 15h52

O Auxílio Brasil, benefício que seria anunciado na última terça-feira (19) como o sucessor do Bolsa Família, com valor e quantidade de beneficiários maiores, causou um racha entre integrantes do governo federal e uma reação negativa em diversos setores. A cerimonia, que havia sido marcada às pressas, foi adiada faltando menos de uma hora para acontecer.

O ministro da Cidadania, João Roma, chegou a anunciar o valor do novo benefício, acima dos atuais R$ 190 reais pagos pelo Bolsa Família, além da ampliação do número de integrantes do programa social. “Pretendemos zerar a fila do programa, chegando próximo de 17 milhões de beneficiários e elevar esse ticket médio para cerca de R$ 300.

Por ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o valor subiu para R$ 400 mensais, pelo menos até o fim de 2022. A medida defendida pela ala política do governo gerou desgaste com o Ministério da Economia. Já que cerca de metade do valor do novo auxílio teria que ser custeado com recursos fora do teto de gastos.

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O próprio relator da medida provisória que cria o Auxílio Brasil, o deputado federal Marcelo Aro (PP) afirmou que o Ministério da Economia não participou das negociações e criticou o valor proposto pelo presidente. “Nós estamos falando ai mais ou menos de R$ 35 bilhões de permanente e R$ 50 bilhões de temporário. Isso foi o que eu escutei e li na imprensa, hora nenhuma o Ministério da Economia me passou esses números. Na minha opinião não é o caminho.

O governo quer autorizar o pagamento extra por meio de emenda da PEC dos precatórios, que propõe a flexibilização do pagamento das dívidas judiciais da União para abrir espaço no orçamento federal. O texto seria votado ontem em uma comissão especial da câmara, mas a decisão ficou para esta quarta-feira (20).

A insatisfação dos próprios aliados e da equipe econômica com a previsão de desrespeito ao teto de gastos provocou o cancelamento da cerimônia de lançamento do novo benefício a menos de uma hora do início marcado, para as 17h de ontem no Palácio do Planalto.

Saiba mais na matéria que foi ao ar esta quarta-feira (20) no Jornal da Tarde:

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