A Amazônia perdeu 1.224 km² neste mês de setembro, segundo dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Esta é a pior marca para o mês em dez anos. A área desmatada equivale a cidade do Rio de Janeiro.
A maior floresta tropical do mundo registrou, só neste ano, seis meses com recordes de área destruídas em uma década. Março, abril, maio, julho e agosto atingiram o maior pico de desmatamento desde 2012. De janeiro a setembro deste ano a área desmatada chegou a 8.939 km².
O Pará é o estado com maior índice de área desmatada. Cerca de 39%, o que equivale a 439 km². Os municípios de Portel, Pacajá, São Félix do Xingu e Itaituba concentram 35% do desmatamento na região.
A pesquisadora do Imazon Larissa Amorim apontou medidas que precisam ser tomadas pelo Brasil para conter o avanço do desmatamento.
“Um estudo do Imazon indicou que quase 30% da Amazônia Legal é formada por terras públicas que ainda não possuem um uso definido. Ou seja, para reduzir o desmatamento, também é necessário torná-las áreas protegidas, como terras indígenas, unidades de conservação e territórios quilombolas”, explica Larissa.
Para a pesquisadora, os resultados podem prejudicar a imagem do país na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26), que ocorre a partir do dia 31 de outubro em Glasgow, na Escócia.
“A intensificação do desmatamento na Amazônia Legal não favorece a imagem do Brasil na COP-26. É necessário que o país adote urgentemente medidas significativas para combater o desmatamento e, consequentemente, reduzir as emissões dos gases de efeito estufa”, afirma.
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