Comissão aprova projeto que proíbe início de obra pública sem reserva de dinheiro
Segundo o relator e deputado Kim Kataguiri, dados do TCU mostram que 37% dos contratos de obras públicas estão paralisados
16/11/2021 15h57
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (16), o projeto de lei que torna obrigatório, para o início da execução de cada etapa de obra pública, o depósito em conta vinculada dos recursos necessários para custear as despesas daquela etapa.
A medida valerá para obras cujo valor não ultrapasse o limite legal estabelecido para o enquadramento de empresas de pequeno porte. Pela Lei Complementar 123/06, esse valor varia entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões de receita bruta anual.
O Projeto de Lei 10755/18, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), foi aprovado na forma do substitutivo do relator e deputado Kim Kataguiri (DEM-SP).
Leia também: Serrana (SP) tem aumento no número de casos de Covid-19
Kataguiri citou dados de auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU): Dos mais de 38 mil contratos referentes a obras públicas constantes em cinco bancos de dados do governo federal, mais de 14 mil estão paralisados. “Ou seja, mais de um terço das obras que deveriam estar em andamento no país, cerca de 37%, não tiveram avanço ou apresentaram baixíssima execução nos últimos três meses analisados em cada caso”, disse.
“O projeto visa contribuir para a redução dessa gravíssima situação, que tantos males causam ao interesse público, bem como à população brasileira, na medida em que obra paralisada significa recursos públicos sendo aplicados em áreas que não geram benefícios à sociedade”, destacou o relator em nota divulgada pela Agência Câmara de Notícias.
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Leia também: Nike adia lançamento do tênis em parceria com Travis Scott após acidente em show
REDES SOCIAIS