O vice-presidente Hamilton Mourão, comentou nesta sexta-feira (19) o relatório divulgado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) sobre a taxa de desmatamento. A área desmatada na Amazônia foi de 13.235 km² entre agosto de 2020 e julho de 2021. Houve alta de 22% em comparação com os números anteriores. O número de desmatamento é o maior desde 2006.
Mourão, que é presidente do Conselho da Amazônia, afirmou que só teve conhecimento do relatório na última quinta-feira (19), mesmo os número terem sido fechados no dia 27 de outubro.
“O dado que eu tinha eram os números do Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento Rápido). Os números, na nossa projeção, ficariam 5% abaixo do ano anterior. O Inpe fez uma revisão do ano anterior e, se vocês olharem, diminuiu (2020) e este ano aumentou. Então, não sei se no ano que vem pode dar uma reduzida nesse (ano de 2021) também. Nós estamos analisando isso aí ainda para ver qual é a realidade desse troço”, disse o vice-presidente.
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Mourão ainda afirmou que não acredita em ação do governo para atrasar divulgação dos dados. "Não acredito nisso aí [atraso proposital na divulgação]. Isso aí não passou por mim. Não posso dizer algo dessa natureza, seria uma leviandade de minha parte", ressaltou.
Segundo dados do Inpe, houve recorde de alertas de desmatamento na Amazônia no mês de outubro. Uma área de 877 km² está sob alerta, o que corresponde a um aumento de 5% comparado a 2020.
Apesar dos índices, Mourão diminuiu a preocupação com a floresta. “Sem desfazer dos números, que não são bons, a gente tem que olhar o tamanho da Amazônia. A Amazônia Legal tem 5 milhões de quilômetros quadrados, então nós tivemos 13 mil quilômetros de desmatamento. Isso dá 0,23% da Amazônia que teria sido desmatada, independente do valor absoluto estar colocado”, argumentou.
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