Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo causou polêmica na internet ao afirmar que Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio de Janeiro em 2018, "nunca foi preta".
"Era mulata, nunca foi preta! A palavra mulata precisa ser resgatada. É vetada, erroneamente, nas listas politicamente corretas da esquerda. O fato é que não tem conotação racista nem pejorativa", escreveu Camargo, publicando foto da política com o selo "Preta Fake".
Segundo o bolsonarista, a denominação seria "um elogio": "Proponho que Marielle seja a musa de uma eventual campanha de resgate da dignidade dessa expressão. Mulatas são lindas e dignas. Marielle não era feia".
Portanto, faço um elogio ao chamá-la de mulata e proponho que Marielle seja a musa de uma eventual campanha de resgate da dignidade dessa expressão. Mulatas são lindas e dignas. Marielle não era feia.
— Sérgio Camargo (@sergiodireita1) November 24, 2021
A postagem gerou reação nas redes sociais. Ativistas e figuras da política promoveram a #PretaSim em resposta.
"Ao contrário do que disse o presidente da Fundação Palmares, Marielle, mulher preta favelada, trabalhou pelo povo preto incansavelmente", publicou a deputada Talíria Petrone (PSOL). "Ninguém poderá questionar a negritude de Marielle", rebateu a também deputada Renata Souza (PSOL).
Ao contrário do que disse o presidente da Fundação Palmares, Marielle, mulher preta favelada, trabalhou pelo povo preto incansavelmente! Quem deveria estar trabalhando pelo país está atacando uma vereadora eleita. É a cara desse governo. Respeite a memória de Marielle! #PretaSim pic.twitter.com/7WO8TAdkUz
— Talíria Petrone #TemGenteComFome (@taliriapetrone) November 24, 2021
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