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Reprodução: Tv Cultura
Reprodução: Tv Cultura

No programa Opinião desta semana, Andresa Boni recebeu a médica sanitarista e coordenadora do Fórum Paulista de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, Telma Nery, e o presidente-executivo da CROPLIFE Brasil, Christian Lohbauer, para falar sobre o uso de agrotóxicos no Brasil, país que mais consome essas substâncias no mundo.

Eles debateram o uso indiscriminado e os prejuízos que estes produtos podem causar à saúde de quem aplica e de quem consome.

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O programa também conversou com o jornalista Nicholas Vital, autor do livro “Agradeça aos agrotóxicos por estar vivo”, para explicar a necessidade do uso dos pesticidas. Segundo Nicholas, a tecnologia disponível facilita a produção agrícola com o crescimento da população.

“Sem eles (agrotóxicos), a gente não conseguiria produzir alimentos em quantidades suficientes para toda a população mundial”, afirmou o jornalista.

Ainda de acordo com ele, o grande problema é o uso incorreto do agrotóxico e não o produto em si. “Ao invés de fazer campanha contra o uso da tecnologia, a gente deveria se mobilizar em torno do fomento à educação no campo, ao treinamento dos produtores, para que possamos usar toda a tecnologia de forma correta”.

Telma Nery discorda de Nicholas. De acordo com a médica, o Brasil produz mais agrotóxicos do que o necessário e muitos deles já foram banidos em outros países pelos impactos na saúde. “É uma escolha que a gente vai ter que fazer, que planeta nós queremos. Não existe dose segura”.

Ainda segundo Telma, os problemas de saúde não se restringem aos trabalhadores, apesar dos que trabalham diretamente com o produto serem os maiores prejudicados.

Sobre a dose segura, Christian Lohbauer tem uma opinião diferente da médica. Ele afirma que é possível ter segurança no manuseio e no consumo dos agrotóxicos. “É um erro crasso dizer que não existe dose segura. Se você tomar uma aspirina para dor de cabeça é seguro, se você tomar 20 você morre. O problema não está no uso, a agenda do não-uso não prega desenvolvimento a ninguém.”

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No entanto, o presidente-executivo da CROPLIFE Brasil reconhece que existem erros na aplicação. Segundo ele, os produtores mais humildes têm mais dificuldades.

“É inegável que tem problemas. O Brasil é muito grande e a diferença entre os produtores rurais é enorme. Geralmente, os produtores menores, de hortifruti, têm mais dificuldades [...] Tem que haver um processo sistemático de controle para que os produtores sejam educados cada vez melhor, mas uma parte relevante já está treinada e utilizando EPI”, afirmou Christian.