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Reprodução/Fernando Maia | Riotur (Fotos Públicas)
Reprodução/Fernando Maia | Riotur (Fotos Públicas)

As festas de final de ano estão chegando e junto com elas uma nova variante do coronavírus, a ômicron, que já registrou seus primeiros casos aqui no Brasil. Ao mesmo tempo, o país apresenta uma estabilidade de novos casos e mortes pela Covid-19, além de um índice elevado de adesão à vacinação.

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Com isso, muitos estão se perguntando se será possível celebrar as próximas festas, principalmente o carnaval.

O Opinião desta semana conversou com a infectologista do Hospital Emílio Ribas, Rosana Richtmann e com Daniel Martins, psiquiatra do hospital das clínicas da USP para entender qual a atual situação da pandemia no Brasil e como a saúde mental das pessoas fica com a possibilidade de uma nova quarentena.

Para Rosana, o Brasil será um atrativo para estrangeiros pelo clima e pela receptividade, o que pede maiores cuidados e exigências para esses turistas.

“O mínimo seria pedir o passaporte vacinal. A gente precisa testar na saída, testar na chegada, tem várias coisas que podemos fazer para minimizar o risco”, afirmou a médica.

A infectologista ainda explicou a diferença das festas de fim de ano para o carnaval, no que diz respeito à pandemia. “O carnaval é um risco e é diferente do Natal. O Natal é em um ambiente controlado, com um grupo de pessoas que você conhece e é possível fazer o rastreamento pós festa, totalmente diferente do carnaval, onde você não sabe quem está infectado, ninguém usará máscara e há troca de secreções respiratórias (beijo, divisão de copos) com muito mais frequência. Então, é um cenário muito preocupante, principalmente com a vinda dos estrangeiros”.

A apresentadora Andressa Boni pontuou a urgência que as pessoas têm para estar em aglomerações, mesmo depois de tanto tempo se cuidando. O psiquiatra Daniel Martins explica o porquê disso acontecer:

“Tem uma descrição clássica das epidemias, elas são cíclicas. Um dos motivos é essa nova percepção. Quando o risco está lá em cima, todo mundo se protege por medo e o risco cai. Quando o risco cai, achamos que acabou e os números sobem de novo”, comentou Daniel.

Segundo o psiquiatra, o medo, quando não em excesso, faz bem. Ele ainda citou a Europa, que vive uma quarta onda da pandemia. “É bom a gente se assustar um pouco com a Europa, porque aí a gente não abre tudo de uma vez e a gente impede essa onda de subir tanto, como aconteceu com a Delta”.

Rosana concorda com Daniel e complementa reforçando a necessidade de manter os cuidados:

“É uma variante de preocupação, mas também de preparação. A gente precisa aproveitar esse momento e nos preparar caso isso aconteça [...] As perguntas serão respondidas pela ciência, mas por enquanto temos que fazer nossa parte. Quando chegar sua vez, tome a vacina, quanto mais anticorpos circulando melhor para você e pior para o vírus. Além disso, com máscaras, distanciamento social e ambientes ventilados, não tem variante que resista. São medidas clássicas que continuam super atuais”, explicou a infectologista.

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