Notícias

Talibã decreta que mulheres devem consentir com casamento no Afeganistão

Apesar da mudança, o texto não responde aos pedidos das afegãs por direito ao trabalho e educação


03/12/2021 09h48

O governo do Talibã do Afeganistão publicou nesta sexta-feira (3) um decreto que exige o consentimento das mulheres para casamentos realizados no país. Segundo anunciado, as mulheres não devem ser consideradas como "propriedade", mas, sim, como um ser humano livre.

"Uma mulher não é uma propriedade, mas um ser humano nobre e livre; ninguém pode dá-la a ninguém em troca de paz ou para acabar com a animosidade", disse o porta-voz Zabihillah Muhajid. 

Agora, os tribunais e centros religiosos deverão levar em consideração as novas regras, que proíbem o casamento forçado e determinam que as viúvas tenham parte da propriedade do marido falecido.

Apesar das mudanças, o Talibã não divulgou informações sobre a possibilidade das mulheres estudarem ou trabalharem fora de casa, o que vem gerando uma grande preocupação das afegãs, bem como da comunidade internacional.

Durante seu governo anterior, de 1996 a 2001, o Talibã proibiu as mulheres de saírem de casa sem um parente do sexo masculino, cobrindo o rosto e a cabeça, e as meninas de receberem educação.

Ele afirma que mudou e que foi permitida a abertura de escolas de ensino médio para meninas em algumas províncias, mas muitas mulheres e defensores dos direitos permanecem céticos.

Leia também: Brasil cai mais uma posição no ranking de maiores economias mundiais e ocupa 13º lugarCriador e coordenador do Disque-Denúncia, Zeca Borges morre aos 79 anos de idade

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Eleições 2022: Título eleitoral pode ser solicitado de maneira online

Plano contra letalidade policial do RJ não atende exigências do STF

Biden vai para Rzeszow, cidade polonesa que fica a 80 quilômetros da fronteira com a Ucrânia

Bolsonaro ironiza ação do MPF sobre ‘Wal do Açaí’: "Tem mais gente, vai passar do milhão"

Rio de Janeiro continua vacinação infantil e de demais públicos contra a Covid-19