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Cantor é barrado em restaurante: “Não é um lugar frequentável, é um lugar racista"

Um dos maiores expoentes do Axé na Bahia, Jau acusa o estabelecimento de racismo


03/12/2021 10h17

Jauperi Lázaro dos Santos, conhecido apenas pelo apelido “Jau”, alega ter sido barrado de entrar no Sette Restaurante, que fica na Barra, em Salvador (BA). O cantor é um dos maiores expoentes do Axé na Bahia atualmente, e alega que a causa do impedimento foi o racismo. “Não é um lugar democrático, não é um lugar frequentável, é um lugar racista", disparou.

Através de um vídeo, o compositor fala que a justificativa do estabelecimento foi o modo com o qual se vestia. Em contrapartida, ele mostra as roupas que estava usando no momento e questiona se esse foi mesmo o motivo.

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"Com toda humildade do planeta Terra, eu acho que um cidadão vestido dessa forma pode entrar em qualquer ambiente, independentemente da cor dele. Ele vestido dessa forma só pode ser barrado no ambiente se houver algum problema racial, ou se houver algum problema de índole, ou se houver algum problema com essa pessoa, que não é meu caso”, apontou Jau.

O cantor destaca que lhe faltou “olhos azuis e cabelos louros, não os tenho, não culpo que os tem, não os quero ter, mas preciso da minha liberdade de ir e vir e hoje o restaurante Sette foi preconceituoso comigo e minha equipe não deixando a gente adentrar ao espaço.”

Por meio de suas redes sociais, o Sette Restaurante publicou uma nota na qual explica a situação. No texto, a questão da vestimenta é confirmada, e o estabelecimento alega que "o segurança da casa informou ao acompanhante de Jau que o restaurante adota um código de vestimenta formal, inclusive mostrando placa afixada na porta do estabelecimento". 

"O Sette Restaurante esclarece que abomina qualquer ato racista ou discriminatória, prezando por sua conduta democrática e inclusiva, e reforça que apenas existe um dress code para ingresso na casa", completa o parecer.

Leia a nota na íntegra: 

"Nesta quinta-feira (02), o cantor e compositor Jau externou sua insatisfação em ter sido impedido de entrar no Sette Restaurante, alegando que o motivo foi de natureza racista por parte da equipe de funcionários do Sette.

Ocorre que, vale esclarecer que o segurança da casa informou ao acompanhante de Jau que o restaurante adota um código de vestimenta formal, inclusive mostrando placa afixada na porta do estabelecimento.

Em imagens capturadas pelas câmeras de segurança do Sette, vê-se claramente que o acompanhante do cantor não estava usando vestimentas de acordo com o dress code estabelecido (usava bermuda), bem como chapéu utilizado pelo artista, motivos estes que levaram o segurança a informá-lo da necessidade de adequação para acesso ao local.

Não há impedimento legal para que bares e restaurantes privados estabeleçam seus códigos de vestimenta (ou dress code), desde que o deixem claro na entrada do estabelecimento, sites e mídias sociais, de modo que o consumidor possa ser previamente informado. Trata-se de aplicação prática do direito à informação previsto no art. 6º, III do CDC.

O Sette Restaurante esclarece que abomina qualquer ato racista ou discriminatória, prezando por sua conduta democrática e inclusiva, e reforça que apenas existe um dress code para ingresso na casa."

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