No Linhas Cruzadas desta quinta-feira, Thaís Oyama e Luiz Felipe Pondé debateram sobre um possível fim do mundo. O programa explicou diferentes teorias para o apocalipse, entre elas, a visão religiosa.
Thaís mencionou o livro do apóstolo João, que tem o Imperador Nero como o anticristo citado na Bíblia, o qual vem à Terra e reina por mil anos até o reino do bem se instaurar e o juízo final acontecer. Porém, a apresentadora pontua que existem interpretações diferentes para este livro.
Segundo Thaís, algumas pessoas consideram que João estava fazendo uma metáfora sobre as perseguições do Império Romano aos cristãos.
Pondé explica que o fim do mundo cristão é dividido em duas teorias: a apocalíptica literal e a simbólica. Segundo ele, a simbólica existe porque a literária não se sustenta e a compara com pai de santos e gurus que fazem profecias. “Elas têm que trabalhar com imagens que possam ser interpretadas em vários sentidos. Como quando falam pra você que vai aparecer uma viagem na sua vida, que alguém no trabalho é seu inimigo. É algo estatístico, não uma profecia”.
O filósofo conta também que essas profecias vêm do judaísmo e foram herdadas pelo cristianismo, assim como aconteceu com a teoria apocalíptica, com a figura do Messias, que Pondé define como uma “viagem na maionese”. Ele explica:
“Há um vínculo com Messias e o fim do mundo. Como o mundo não acabou com a morte de Jesus e a suposta ressurreição, ele tinha que acabar logo, senão Jesus não era Messias. Daí, inventaram a “segunda vinda”, porque aí o mundo vai acabar [...] A literalidade do apocalipse é encravada no contexto”, afirmou.
Veja o trecho completo:
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Assista ao programa na íntegra:
Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.
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