Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT) assinaram uma carta divulgada neste domingo (12) que pede a libertação de Julian Assange, fundador da WikiLeaks. O documento foi redigido pelo Grupo de Puebla, que reúne líderes e partidos de esquerda.
Na última sexta-feira (10), a Justiça do Reino Unido determinou que Assange pode ser extraditado para os Estados Unidos para responder a acusações de espionagem. O australiano, que tem 50 anos, é alvo de pelo menos 17 acusações criminais e pode ser condenado a até 175 anos de prisão.
A carta afirma que a decisão é um grave erro judicial e que "abre sérios precedentes na violação ao direto humano à liberdade de expressão e de informação".
“A decisão do Tribunal de Westminster (Reino Unido), de 10 de dezembro de 2021, que possibilita a extradição de Julian Assange aos EUA, não é apenas um grave erro judicial que põe em risco sua vida, como sua advogados de defesa, mas sim uma decisão que abre sérios precedentes na violação do direito humano à liberdade de expressão e informação”, diz o documento.
Também assinam o documento o ex-chanceler Celso Amorim e o ex-ministro Aloizio Mercadante, além dos ex-presidentes Fernando Lugo (Paraguai) e Ernesto Samper (Colômbia).
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