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MP denuncia cinco policiais militares por alterarem cena do crime na morte de Kathlen

Um oficial e quatro praças foram denunciados; A jovem foi atingia por uma bala e estava grávida


13/12/2021 18h04

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ) denunciou cinco polícias militares nesta segunda-feira (14) por alterarem o local de crime onde a jovem Kathlen de Oliveira Romeu foi morta, no dia 8 de junho, no Complexo do Lins, Zona Norte da capital carioca.

A 2ª Promotoria de Justiça em parceria com a Auditoria da Justiça Militar denunciou o capitão da PM Jeanderson Corrêa Sodré, o 3°sargento Rafael Chaves de Oliveira e os cabos da PM Rodrigo Correia de Frias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano.

Enquanto os praças foram denunciados por fraudes processuais e falso testemunho, o capitão foi denunciado por fraude processual na forma omissiva.

Segundo a denúncia, os policiais Chaves, Frias, Scanfela e Salviano retiraram o material que estava no local antes da chegada da perícia. Além disso, adicionaram 12 cartuchos calibre 9 milímetros deflagrados e um carregador de fuzil 556, com 10 munições intactas.

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Também foi citado na denúncia que Jeanderson se omitiu de sua função ao não agir contra os policiais estando no local de crime.

"Enquanto deveriam preservar o local de homicídio, aguardando a chegada da equipe de peritos da Polícia Civil (PCERJ), os denunciados Frias, Salviano, Scanfela e Chaves o alteraram fraudulentamente, realizando as condutas acima descritas, com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos", diz um trecho da denúncia.

Sobre o caso

Kathlen Romeu, jovem de 24 anos que foi baleada na comunidade do Lins, na Zona Norte do Rio de Janeiro, durante ação da PM em junho deste ano. Ela foi atingida enquanto caminhava com a avó.

Na última semana, foi mostrado um vídeo gravado após a morte de Kathlen e mostrou uma movimentação anormal dos PMs no momento em que a jovem, que estava grávida, foi baleada.

"(O vídeo) É revelador porque mostra uma movimentação anormal dos policiais. Dá pra se verificar quantos estavam no beco e uma movimentação mais preocupada em recolher o material do que a Kathlen", disse o perito Nelson Massini.

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