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150 jovens do Instituto Afegão de Música chegaram a Portugal nesta terça-feira (14). Eles estava no Qatar aguardando asilo desde que o Talibã assumiu o controle no Afeganistão em agosto e proibiu a arte. O local onde os estudantes tinham aulas foi tomado por militantes do grupo e reestruturado para se tornar uma espécie de delegacia. 

O Instituto Afegão de Música foi inaugurado em 2010 e é reconhecido internacionalmente pela sua excelência. Os jovens, que agora se refugiam com as suas famílias em Portugal, poderão continuar seus estudos em Lisboa.

O grupo extremista Talibã assumiu o governo do Afeganistão em agosto deste ano, logo após a saída das tropas norte-americanas do país. Devido à sua interpretação radical da sharia - a lei islâmica -, muitas das liberdades do povo afegão, especialmente das mulheres, foram limitadas. 

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O Talibã é conhecido por suas diretrizes radicais, que proíbem meninas e mulheres de frequentar escolas ou trabalharem. Além disso, as obriga a usar a burca - o véu mais restritivo, que cobre todo o corpo. Na última vez que esteve no poder, em meados da década de 1990, o grupo instaurou punições desumanas, como açoitamentos, apedrejamentos e amputações. 

Desde que retomou o poder neste ano, o Estado encabeçado pelo Talibã vem tentando demonstrar à comunidade internacional que direitos básicos serão respeitados. No entanto, a realidade tem sido outra, visto que inúmeras escolas foram fechadas e o governo é composto unicamente por homens.   

Como um agravante, além da crise humanitária e migratória provocada pela ascendência do Talibã, o Afeganistão também passa por uma crise sanitária grave. Autoridades de saúde apontam que o sistema está à beira de um colapso e que, além da pandemia da Covid-19, existem outras cinco epidemias circulando (pólio, malária, sarampo, cólera e dengue). 

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