O sistema de saúde do Afeganistão está à beira de um colapso, por conta das sanções dos países do ocidente impostas desde que o Talibã assumiu o controle do país em agosto deste ano. Dentre as principais preocupações estão surtos de doenças e desnutrição, provocada especialmente pela crise humanitária, que coloca milhares em situação de pobreza e fome.
Desde que o Talibã tomou o poder, o Afeganistão vive uma crise generalizada. Com isso, os hospitais ficaram desamparados e carentes de equipamentos básicos. Profissionais de saúde também estão com salários atrasados.
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O médico Paul Spiegel, diretor do Centro Humanitário de Saúde da Universidade John Hopkins, disse ao jornal britânico The Guardian, que a resposta à pandemia no país também está praticamente parada e, por isso, pediu para que possíveis sanções ocidentais fossem mais brandas, para evitar um total colapso do sistema.
Autoridades de saúde foram ao país e disseram que, além da Covid-19, o país vive surtos de cólera, dengue, pólio, malária e sarampo.
As sanções por parte do Ocidente estão vinculadas às políticas autoritárias do Talibã, que proíbe que meninas e mulheres estudem ou trabalhem. No entanto, Spiegel pediu para que os demais países tentem explorar outras abordagens. "Mesmo que eu entenda as preocupações sobre o Talibã, a realidade é que muitas pessoas vão morrer por causa dessas sanções", afirmou.
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