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Estar endividado é motivo de vergonha para 9 em cada 10 brasileiros, mostra estudo

O programa Opinião discutiu o impacto do endividamento no bolso e na saúde emocional da população


15/12/2021 22h44

Cerca de 63 milhões de brasileiros estão endividados (quase 1/3 da população). Essa situação é motivo de vergonha para 88% das pessoas, com impacto na vida social de 85% e na concentração no trabalho de 76%. Os dados são do Estudo do Endividamento 2021, realizado anualmente pela Serasa.

O impacto do endividamento vai além do bolso e da qualidade de vida população brasileira, prejudicando, inclusive, a saúde emocional. Este é o tema do Opinião desta semana, que conversou com o coordenador de marketing da Serasa Fernando Gambaro, a psicóloga clínica especializada em psicologia do dinheiro Valéria Meirelles e a planejadora financeira Marcia Dessen.

Segundo Fernando Gambaro, em 2021, os brasileiros endividados enfrentaram o impacto econômico de dois anos de pandemia. “11% estão endividados pela compra de alimentos. O cartão de crédito, que é a principal fonte de endividamento, é utilizado para compra de alimentos em supermercados por 69% das pessoas”, conta o coordenador.

De acordo com o estudo citado anteriormente, 53% dos inadimplentes apontaram o cartão de crédito como a principal fonte de dívida, 34% têm pendências em lojas (como crediários, carnês e cartões) e 32% citaram as contas básicas (gás, luz e água).

Marcia Dessen crê que, embora o cartão de crédito seja frequentemente utilizado para a compra de alimentos, esse não é o principal problema para o acúmulo de dívidas. “A principal razão que provocou o endividamento foi o desemprego”, diz.

A Serasa aponta que os principais motivos de dívidas dos brasileiros em 2021 foram o desemprego, em 1º lugar, com 30% das menções; na sequência, emprestar o nome foi indicado por 11% das pessoas e falta de controle financeiro ficou em 3º lugar, com 9%.

“E teve um assustador ‘outros [motivos]’, que incluem fraudes e golpes, com 35% das respostas”, complementa a planejadora financeira.

Leia mais: Brasil tem a 4ª maior taxa de desemprego do mundo; veja ranking

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