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488 jornalistas estão presos e 46 foram mortos no mundo em 2021, diz relatório

México e Afeganistão são os países onde é mais perigoso exercer a profissão, informa o documento do Repórteres Sem Fronteiras (RSF)


16/12/2021 10h17

O relatório anual da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgado nesta quarta-feira (15) revelou que 488 jornalistas foram detidos em todo o mundo em 2021, um aumento de 20% em relação a 2020. 

"Nunca desde a criação do balanço anual da RSF em 1995 havia sido tão elevado o número de jornalistas presos", afirma um comunicado da organização com sede em Paris, que destaca que do total 60 são mulheres, outro recorde.

Já o número de jornalistas mortos foi 46, o menor já registrado pela organização em 20 anos. O documento utiliza dados de 1º de janeiro a 1º de dezembro deste ano.

Segundo o relatório, 30 jornalistas foram assassinados deliberadamente, sete deles no México, país mais perigoso pelo terceiro ano consecutivo. O México registrou 47 assassinatos de repórteres nos últimos cinco anos. 

No Afeganistão, segundo país mais perigoso para exercer a profissão, seis jornalistas foram assassinados no decorrer do ano, vítimas de ataques e atentados com bombas. O país, afetado por décadas de violência, tem o mesmo balanço de profissionais da imprensa mortos que o México nos últimos cinco anos: 47.

Além dos 488 jornalistas oficialmente presos, outros 65 estão sequestrados. O grupo extremista Estado Islâmico (EI) mantém 28 jornalistas em cativeiro, o correspondente a 43% do total mundial, apesar de o grupo ter sido oficialmente derrotado em 2017. As famílias dos repórteres não sabem se estão vivos ou mortos.

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