De acordo com um cálculo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo deveria ser de R$ 6.000,00. O novo piso salarial, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Bolsonaro (PL), é de R$ 1.210,44, cerca de cinco vezes menor que o necessário para movimentar a economia do país.
O cálculo se baseia nas necessidades básicas de uma família com 4 pessoas, a partir dos direitos enumerados pela constituição: alimentação, educação, moradia e transporte.
No entanto, o próprio DIEESE entende que esse valor, no momento, é inalcançável. Desde 2020, nenhuma categoria que tem rendimentos atrelados ao salário mínimo recebeu ganhos reais. Para este ano, mais uma vez, o salário mínimo mal teve a recomposição da inflação.
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“Na prática, isso significa que as pessoas vão viver pior, vão comprar menos mercadorias. Para a economia do país isso também é ruim, porque significa menos consumo”, comenta o professor de economia da ESPM Leonardo Trevisan.
Nos cálculos do órgão, não conceder ganhos reais aos salários, freia toda a economia do país. De acordo com o departamento, salários maiores estimulam o consumo e também aumentam a arrecadação.
O salário mínimo do Brasil é hoje o segundo menor entre os 38 países integrantes e parceiros da OCDE, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. A remuneração brasileira só está na frente do México. O primeiro colocado, com o maior salário, é a Austrália.
Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar esta terça-feira (4) no Jornal da Tarde:
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