O presidente do Cazaquistão autorizou na manhã desta sexta-feira (6) que forças armadas abram fogo sem aviso prévio contra os manifestantes do país. "Dei a ordem de atirar para matar sem aviso prévio", declarou Kassym Jomart Tokayev em discurso transmitido pela televisão local.
Atualmente, o país sofre com uma onda de protestos, movidos inicialmente pelo aumento do preço do gás GLP e de outros combustíveis, que viram seu valor dobrar em 2022. Ao longo das manifestações, as pessoas começaram a refletir diversas outras insatisfações.
Para conter as multidões nas ruas, o presidente utilizou de violência no começo. Depois, ele voltou atrás do aumento, dissolveu seu governo, decretou estado de calamidade e impôs um toque de recolher, mas o povo não paralisou os protestos.
Leia mais: Massacre no México: 10 cadáveres são encontrados em árvore de natal
Bolsonaro veta projeto que ajudaria micro e pequenos empresários a parcelarem dívidas
Segundo a imprensa do país, dois policiais foram decapitados. Tokayev afirmou que "os terroristas continuam danificando propriedades e usando armas contra os cidadãos". No momento, ele dispensa qualquer negociação e prometeu “eliminar” todos que continuarem com as manifestações.
Tokayev ressaltou que as autoridades estão “trabalhando duro”, e que os oficiais não vão parar “até a destruição total dos militantes”. Mais de 2 mil pessoas foram detidas e mais de 700 policiais ficaram feridos. A onde de protestos é a maior desde a independência da nação há 31 anos, quando a União Soviética foi desmantelada.
REDES SOCIAIS