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Bolsonaro responde nota de presidente da Anvisa: "Ninguém acusou ninguém de corrupto"

Em entrevista à uma rádio, presidente voltou a levantar dúvidas sobre atuação da agência


11/01/2022 08h53

Depois da nota do diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Antonio Barra Torres em tom de crítica às declarações de Jair Bolsonaro (PL) sobre a agência, depois que ela autorizou a vacinação infantil com o imunizante da Pfizer, o presidente declarou que em nenhum momentoacusou o órgão de corrupção.

Em uma entrevista à Rádio Jovem Pan, o chefe do executivo se disse surpreso com o conteúdo da carta da Barra Torres. "Carta agressiva. Não tinha motivo para aquilo. Eu falei, 'o que está por trás do que a Anvisa vem fazendo?'. Ninguém acusou ninguém de corrupto (...) Quais segundas intenções, quais outras intenções da Anvisa? Não houve da minha parte nenhuma acusação, a palavra corrupção não saiu nenhum momento”, comentou.

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Dois dias atrás, a nota do diretor-presidente da Anvisa trazia críticas à acusações de outros interesses, que não a proteção imunológica das crianças, de servidores da agência feitas por Bolsonaro em uma live. “Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar. Agora, se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate”, escreveu Barra Torres.

Mesmo com a afirmação de que não quis acusar a Anvisa de corrupção, Bolsonaro voltou a questionar a decisão do órgão quanto à vacinação pediátrica. "Eu não quero dizer aqui, acusar a Anvisa de absolutamente nada, agora que tem uma coisa acontecendo, isso não há a menor dúvida que vem acontecendo. Pode ver, pelo que estou sabendo agora, não é segredo pra ninguém, Anvisa vai deliberar sobre a CoronaVac para crianças a partir de 3 anos de idade, eu não sei o que acontecerá no final, mas Anvisa vai tomar sua posição. E, de uma forma ou de outra, vai sofrer críticas também", declarou o presidente.

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