Governo do Rio de Janeiro faz reedição de UPPs no complexo do Jacarezinho
Objetivo é implantar o Cidade Integrada, novo programa que irá substituir o UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora)
19/01/2022 13h11
O complexo do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, amanheceu com policiais nesta quarta-feira (19). A operação, segundo informações oficiais, faz parte de um projeto do governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de reedição de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), criado em 2008.
O objetivo é implantar o programa Cidade Integrada, o novo programa que irá substituir o UPPs.
“Foram meses elaborando um programa que mude a vida da população levando dignidade e oportunidade. As operações de hoje são apenas o começo dessa mudança que vai muito além da segurança”, afirmou Castro em suas redes sociais.
O cerco se iniciou na terça-feira à noite (18) e avançou durante a madrugada, de acordo com os relatos nas redes sociais de moradores. Em maio de 2021, houve a execução de 29 pessoas por policiais na operação mais letal do Rio de Janeiro.
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Participam da operação cerca de 1.200 agentes, e além de Jacarezinho, a Polícia também entrou em favelas ao redor como: Manguinhos, Bandeira 2 e o Conjunto Morar Carioca. Nas redes sociais, a polícia divulgou a invasão na Bandeira 2.
O projeto UPPs no Rio foi criticado por especialistas ao longo dos anos, por ter sido marcado pelo alto grau de violência, marcando de forma negativa a vida de moradores da favela. A ideia de reedição do projeto ineficiente já havia sido adiantada em 2021 por Castro.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), publicou em suas redes sociais sobre a não existência de um planejamento entre governo e prefeitura sobre a invasão. Paes afirma que na noite de terça foi avisado por Castro pessoalmente.
“Certamente iremos ajudar as forças policiais em tudo o que for possível. Lembro só que o grande desafio do Rio está, faz muito tempo, na área da segurança pública e no restabelecimento do monopólio da força do Estado em todo seu território”, afirmou Paes.
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