A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou, nesta quinta-feira (27), o número de ataques contra jornalistas em 2021. O relatório “Violência contra jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil” mostra a ocorrência de 430 episódios, 2 a mais do que o número de 2020, que foi de 428.
O número de casos registrado é o maior desde o início da pesquisa, que começou em 1990, segundo a presidenta da FENAJ, Maria José Braga. Os dados mostram que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é o principal responsável pelos casos de violência contra profissionais da imprensa.
Bolsonaro foi responsável por 147 casos, o que totaliza 34,19% de todos os casos. 129 episódios foram de descredibilização da imprensa 98,47% e 18 agressões verbais. Segundo a Fenaj, o presidente usou termos como “canalha”, “quadrúpede”, “picaretas”, “idiota”, e também mandar uma profissional calar a boca.
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“A continuidade das violações à liberdade de imprensa no Brasil está claramente associada à ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República”, disse Maria José.
Segundo o relatório, os casos de censura também aconteceram em 2021. Os dados mostram que a maioria foi cometida por dirigentes da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), aparelhada pelo governo federal. Foram 140 casos de censura, 138 dentro da EBC.
A censura representou 32,56% do total de casos. A descredibilização da imprensa somou 131 episódios, o que representa 30,46%
O relatório mostra que os homens foram os principais alvos. Foram 128 profissionais do do sexo masculino atacados, o que corresponde a 55,89% do total. Entre as mulheres, 61 casos 26,64%, os casos de machismo e misógino foram os principais casos. 40 casos dos casos não foram identificados ou os episódios podem ter sido contra equipes.
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