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Mais de 75 mil pessoas, entre professores, pesquisadores e profissionais da saúde, assinaram uma carta de repúdio à nota técnica do Ministério da Saúde que defendia a hidroxicloroquina no tratamento contra Covid-19. A ineficácia do medicamento já foi comprovada cientificamente.

O abaixo-assinado foi aberto em um site de petições on-line. O grupo se diz perplexo com a nota técnica do ministério, que rejeita as a recomendação de pesquisadores e médicos com experiência no tema, em favor de tratamentos não validados.

A carta ainda diz ser espantoso que a pasta recuse normas elaboradas por pesquisadores, convocados pelo próprio governo, criando uma situação sem precedentes no país e também diz ser preocupante o fato de que as “rédeas do ministério estejam sob a posse da ideologia, da desinformação e, principalmente, da ignorância”.

A nota técnica, alvo das críticas, foi publicada no último sábado (22) e é assinada pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti. Esse documento, além de afirmar que a hidroxicloroquina, remédio comprovadamente ineficaz contra a Covid-19, funciona, afirma que as vacinas não tem efetividade e nem segurança.

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Após pressão, a pasta editou parte do texto e retirou uma tabela que comparava a vacina com a hidroxicloroquina, no entanto, manteve a defesa ao chamado “kit covid”.

Segundo a carta dos especialistas, o Ministério da Saúde transgride não somente os princípios da boa ciência, mas avança a passos largos para consolidar a destruição de todo um sistema de saúde.

Na quarta-feira (26), a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber deu cinco dias para Angotti explicar o documento.

Veja mais na matéria sobre o tema que foi ao ar esta quinta-feira (27) no Jornal da Cultura:

Confira o comentário do reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, sobre a carta assinada por especialistas:

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