PF conclui que Bolsonaro cometeu crime ao vazar dados em live, mas presidente não será indiciado
Indiciamento não acontecerá devido ao foro privilegiado por parte de Jair Bolsonaro; Transmissão nas redes sociais aconteceu em agosto de 2021
02/02/2022 15h53
A Polícia Federal (PF) concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao divulgar dados sigilosos de uma investigação durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (2). Porém, ele não será indiciado devido o foro privilegiado.
Com o anúncio, a PF informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que encerrou suas participações no caso e deixa novas decisões nas mãos de outros órgãos.
A live aconteceu em agosto de 2021. O presidente citou informações de um relatório parcial da PF sobre os ataques hackers sofridos pelo TSE em 2018. Ele usou os dados para tentar embasar suas suspeitas infundadas sobre a segurança das urnas.
O crime cometido por Bolsonaro, segundo a PF, foi o de divulgação de segredo. Todas as informações coletadas nas investigações serão entregues ao ministro Alexandre de Moraes (STF), que deve encaminhar para Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar.
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Durante a transmissão, Bolsonaro estava acompanhado do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR). A PF concluiu que Barros também cometeu crime, mas ele não foi indiciado, pelo mesmo motivo de foro privilegiado.
O site da TV Cultura entrou em contato com o Palácio do Planalto e ainda não obteve resposta. Em caso de retorno, as informações serão adicionadas ao texto. O deputado Filipe Barros divulgou nota afirmando que nenhum crime foi cometido pelo presidente ou por ele.
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