A adolescência foi o tema do Linhas Cruzadas desta quinta-feira (10). Thaís Oyama e Luiz Felipe Pondé debateram se esse período da vida é uma invenção da sociedade e quando essa denominação surgiu.
Leia mais: Maioridade penal: Neurocientista explica que desenvolvimento do cérebro deve ser considerado
A psicanalista Diana Corso define adolescência como “o período em que não se é mais criança e os caracteres sexuais secundários começam a nos preparar para o exercício da nossa potência física e sexual”.
Segundo Diana, por muito tempo a passagem da vida adulta era marcada por algum rito, saindo direto da infância. Ela explica que a adolescência é justamente a escala para se determinar o meio dos dois períodos:
“Aos 13 anos, os meninos da religião judaica se transformavam em adultos. As meninas de diversas culturas, depois da primeira menstruação se casavam. Uma prática que ia da infância para a vida adulta sem escalas. A adolescência é a oficialização de um período em que não é nem um, nem outro, tendo alguns direitos e liberdades sexuais, de circulação, mas ainda não se têm as responsabilidades da vida adulta.”
A psicanalista ainda conta que essa é a fase crítica do jovem, quando cada um rompe de alguma maneira com a cultura apresentada pelos adultos. “É uma liberdade de escolhas ao mesmo tempo em que é cheia de angústias e incertezas”, completou.
Veja o trecho completo:
Leia também: “Não dá pra discutir adolescência sem sociologia”, diz Pondé
Assista ao programa na íntegra:
Exibido às quintas, Linhas Cruzadas é parte da faixa de jornalismo da TV Cultura que traz uma atração diferente para cada dia da semana após o Jornal da Cultura. Sob o comando de Luiz Felipe Pondé e Thaís Oyama, o debate semanal vai ao ar sempre às 22h.
REDES SOCIAIS