Na tarde desta terça-feira (22), o Brasil aplicou as primeiras doses da vacina contra Covid-19 produzida 100% em solo brasileiro pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O evento de lançamento do imunizante contou com a participação dos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga; da Casa Civil, Ciro Nogueira; e do ministro da Cidadania, João Roma. Participaram também o Secretário Especial de Assuntos Estratégicos do Governo Federal, Eduardo Pazuello, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, entre diversas outras autoridades
"A data é marcante, não só para o nosso Sistema Único de Saúde, mas para o nosso país, porque representa a nossa liberdade do Brasil em relação à produção de vacina Covid-19 com IFA nacional. Isso representa uma grande aposta no fortalecimento do complexo industrial da saúde, que é indissociável, para um país que há 30 anos apostou em construir o maior sistema de acesso universal e gratuito do mundo”, afirmou Queiroga.
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A Fiocruz já conta com cerca de 550 mil doses da vacina nacional prontas para serem enviadas ao Ministério da Saúde nos próximos dias. Após a entrega e a liberação do controle de qualidade, os imunizantes serão distribuídos a todos os estados e o Distrito Federal.
Quem recebeu a primeira dose do imunizante produzido em solo brasileiro foi a advogada pernambucana Juliana François, que não conteve a emoção: “Fiquei bem emocionada. Estava aguardando a minha dose de reforço. Essa vacina chegou para a nossa esperança em dias melhores”, afirmou.
A produção do imunizante brasileiro foi possível pela articulação do governo brasileiro com o britânico para a transferência de tecnologia entre a farmacêutica AstraZeneca e a Fiocruz, cuja transação contou com um investimento de R$ 1,9 bilhão. Com a assinatura do contrato, que foi realizada em junho de 2021, o Brasil passou a ter capacidade para produzir o IFA em solo brasileiro e, consequentemente, ter uma vacina 100% nacional.
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A produção dos primeiros lotes do IFA começou ainda em julho de 2021 e, desde então, o IFA vem sendo produzido na sede da Fiocruz, em Bio-Manguinhos. O ingrediente passou por várias etapas até receber o segundo registro em novembro de 2021 e a aprovação em janeiro de 2022.
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