O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, registrou uma alta de 1,23% nos preços em fevereiro. Os números foram divulgados nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta representa de 1,12 ponto percentual em relação ao número de janeiro de 2025 (0,11%). Em fevereiro de 2024, o indicador foi de 0,78%.
No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 tem alta de 4,96%, acima dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Segundo o IBGE, a alta de 1,23% é a maior do IPCA-15 desde abril de 2022 e o maior avanço para o mês de fevereiro desde 2016.
Entre as categorias pesquisadas, o maior impacto no índice do mês veio do grupo de habitação, que teve alta de 4,34% (0,63 p.p.), impulsionado pela energia elétrica residencial, que aumentou 16,33%.
Dos nove grupos pesquisados, Educação apresentou a maior variação (4,78% e impacto de 0,29 p.p.). As demais variações ficaram entre o -0,08% de Vestuário e o 0,61% de Alimentação e Bebidas.
Alimentação
No grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio aumentou 0,63% em fevereiro, abaixo do resultado de janeiro (1,10%). As variações positivas foram as de cenoura (17,62%) e do café moído (11,63%) e, no lado das quedas, estão batata-inglesa (-8,17%) o arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%).
A alimentação fora do domicílio caiu de 0,93% em janeiro para 0,56% em fevereiro. A refeição (0,43%) e o lanche (0,77%) registaram quedas maiores em comparação com o mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente).
Transportes
No grupo dos Transportes, os combustíveis aumentaram 1,88%. Além disso, houve alta nos preços do etanol (3,22%), do óleo diesel (2,42%) e da gasolina (1,71%), enquanto o gás veicular teve resultado negativo de 0,41%. As passagens aéreas mostraram redução de 20,42%.
Ainda em Transportes, o item ônibus urbano apresentou variação de 5,20%.
Em fevereiro, sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE registraram alta:
Alimentação e bebidas: 0,61%;
Habitação: 4,34%;
Artigos de residência: 0,38%;
Vestuário: -0,08%;
Transportes: 0,44%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,54%;
Despesas pessoais: 0,01%;
Educação: 4,78%;
Comunicação: -0,06%.
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