Chanceler brasileiro recebe telefonema de secretário de Estado dos EUA
A conversa entre os dois foi o conflito entre Rússia e Ucrânia; Brasil ainda não se posicionou sobre a guerra
25/02/2022 14h39
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ligou nesta sexta-feira (25) para o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Carlos França, para tratar sobre a invasão russa à Ucrânia.
De acordo com o Itamaraty, em publicação nas redes sociais, os dois "discutiram o que é possível fazer para encerrar as operações militares em curso, restaurar a paz e impedir que a população civil continue a sofrer as consequências do conflito".
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O governo dos Estados Unidos cobra uma posição brasileira sobre o conflito entre os dois países. O presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não deu a sua opinião a respeito da invasão russa à Ucrânia.
Ontem o presidente ainda desautorizou a fala do vice-presidente, Hamilton Mourão. O general disse que “O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade”.
Sem citar Mourão, Bolsonaro rebateu a declaração em uma transmissão nas redes sociais. "Deixar bem claro: o artigo 84 diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final. Com todo respeito a essa pessoa que falou isso — e falou mesmo, eu vi as imagens — está falando algo que não deve. Não é de competência dela. É de competência nossa", disse.
Em nota divulgada na última quinta-feira (24), O Ministério das Relações Exteriores brasileiro pediu a suspensão das "hostilidades" da Rússia.
“O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”, ressaltou.
Ainda completou dizendo que “o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas”.
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