O Itamaraty emitiu uma nota nesta quarta-feira (2) afirmando que não houve “coordenação prévia” entre as delegações no momento do boicote à fala do chanceler russo Sergei Lavrov na ONU em Genebra. Mais de 100 diplomatas, que representam mais de 40 países, deixaram a sala ao início do discurso como forma de protesto contra a invasão russa à Ucrânia. O diplomata que representava o Brasil não saiu da sala.
"A respeito da saída de delegações do Plenário da Conferência do Desarmamento, cumpre esclarecer que não houve coordenação prévia dessas delegações com a delegação do Brasil. Praticamente todas as delegações de países africanos, latino americanos e caribenhos, bem como a maioria das delegações asiáticas, permaneceram no Plenário durante o discurso do Ministro das Relações Exteriores russo", apontou o Ministério das Relações Exteriores.
Mesmo com a nota, o Itamaraty não informou se sairia da sala caso houvesse uma organização prévia dos embaixadores.
Além do Brasil, as delegações chinesa, síria e venezuelana foram algumas das que se mantiveram no local para ouvir o discurso de Lavrov feito por videoconferência.
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Durante o discurso, o chanceler russo afirmou que os membros da União Europeia teriam feito uma espécie de "bloqueio aéreo" a seu trajeto à sede da ONU, então, fez o pronunciamento de maneira virtual.
Além disso, ele acusou a a União Europeia de se envolver em um "frenesi russofóbico" por meio do fornecimento de armas letais para a Ucrânia.
"A Ucrânia ainda tem tecnologia soviética e meios de conseguir essas armas, nós não podemos deixar de responder a esse perigo real", afirmou Sergei Lavrov.
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