Filme de Gentili retorna polêmicas e Ministro da Justiça diz estar ‘tomando providências’

Danilo Gentili e Fabio Porchat estiveram com seus nomes entre os assuntos mais comentados do Twitter neste domingo (13), devido acusações de incentivo a pedofilia no filme "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola", dirigido por Fabricio Bittard, e já disponível no catálogo da Netflix. A plataforma de streaming também foi alvo de críticas, sofrendo retaliações do público por ter “aceitado” o conteúdo.

Porchat interpreta Cristiano, um homem com desvios sexuais e dono do caderno que o ex-colega (papel de Danilo Gentili) roubou na escola para escrever o guia de "pior aluno", encontrado pelos protagonistas Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz).

"Assim que tomei conhecimento de detalhes asquerosos do filme 'Como se tornar o pior aluno da escola' atualmente em exibição na Netflix, determinei imediatamente que os vários setores do Ministério da Justiça adotem as providências cabíveis para o caso!", escreveu Anderson Torres.

Ontem, Gentili disse sentir "orgulho" de ter conseguido "desagradar" em um mesmo nível de intensidade tanto os petistas quanto os bolsonaristas, e falou em "falso moralismo".

O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista.

Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados.

Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu.

Sigo rindo :) pic.twitter.com/zh4sz2aZcr

— Danilo Gentili 🇺🇦 (@DaniloGentili) March 13, 2022

Quando lançado, o longa-metragem mirim já havia sido alvo de polêmica por uma cena de cunho sexual que envolve Porchat. Hoje, o longa voltou a ser assunto nas redes, dentro de um contexto político, com perfis bolsonaristas e de políticos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro criticando a produção e divulgação do filme.

Fabio Porchat ainda não se manifestou pelas redes sociais sobre o assunto, Mario Frias, secretário especial da Cultura, afirmou que o filme faz "apologia ao abuso sexual infantil". Em seu perfil no Twitter, o titular da Cultura escreveu que "é uma afronta às famílias e às nossas crianças. Utilizar a pedofilia como forma de 'humor' é repugnante! Asqueroso!"

Um acontecimento tem sido apontado, devido às críticas vindas de um público diferente, que, tendia apoiar o comediante quando Gentili declarava suporte ao atual presidente.