Notícias

Locais que mais apoiaram Bolsonaro também registraram mais mortes por Covid, diz pesquisa

Levantamento publicado na revista “The Lancet” levou em consideração as desigualdades estruturais entre as cidades


16/03/2022 15h50

Um levantamento publicado na revista “The Lancet” durante esta semana mostra que a porcentagem de votos para Jair Bolsonaro (PL) em 2018 pode estar relacionada às mortes por Covid-19 nas cidades brasileiras. A pesquisa aponta que os municípios que registraram maior apoio à eleição do ex-capitão também observaram mais óbitos em decorrência do coronavírus, proporcionalmente.

A conclusão foi tirada por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade de Brasília (UnB). De acordo com os autores do estudo, os resultados levaram as desigualdades estruturais entre os diferentes locais em consideração. Nos mapas divulgados, os locais que mais apoiaram o atual Presidente da República contabilizaram mais mortes em decorrência da Covid-19.

Leia mais: “O que a gente puder fazer a gente faz aí”, diz Bolsonaro sobre Petrobras

Após reajuste da Petrobras, preço médio da gasolina sobe para R$ 7,49 nos postos

No artigo, é destacado que os fatores mais relevantes para os diferentes impactos da pandemia em diversas regiões foram as desigualdades de renda e de infraestrutura na saúde. Na sequência, aparece a “escolha partidária dos municípios”, pela qual a tragédia na segunda onda de contágios e mortes por conta do coronavírus teria sido “explicitamente moldada”.

"Municípios que escolheram Bolsonaro como presidente do país apresentaram taxas de mortalidade por Covid-19 intensificadas na segunda onda", reforçam os pesquisadores. Eles concluem que isso "pode ser explicado pelo fato de que, quase um ano após a pandemia, o Governo Federal ainda se recusou a apoiar recomendações de distanciamento social", por exemplo.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Eleições 2022: Título eleitoral pode ser solicitado de maneira online

Plano contra letalidade policial do RJ não atende exigências do STF

Biden vai para Rzeszow, cidade polonesa que fica a 80 quilômetros da fronteira com a Ucrânia

Bolsonaro ironiza ação do MPF sobre ‘Wal do Açaí’: "Tem mais gente, vai passar do milhão"

Rio de Janeiro continua vacinação infantil e de demais públicos contra a Covid-19