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Em áudio divulgado na última segunda-feira (21), o ministro da Educação Milton Ribeiro falou sobre a distribuição de verbas da pasta. Alguns líderes religiosos – que defendem o atual governo – passaram a defender a troca de comando Ministério da Educação (MEC). Mas, afirmam querer dar espaço para que Ribeiro apresente seus argumentos.

O presidente da bancada evangélica, Sóstenes Cavalvante (PL-RJ), enviou o recado diretamente ao ministro. Parlamentares exigem que ele convoque uma entrevista coletiva para esclarecer os fatos.

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Em declaração para a Folha de S.Paulo, o deputado federal Luis Miranda (Republicanos-DF), que é dissidente do governo, vai na mesma linha. "Se os fatos forem comprovados, é caso, sim, de exoneração do ministro", afirma. "Conversei com vários integrantes da bancada evangélica, e mesmo os que apoiam o governo não têm o 'privilégio' de ver seus pleitos atendidos desta forma. Um ministro não pode defender interesses privados, mas sim de toda a sociedade", completou.

Em conversa gravada, o ministro afirma que o governo federal prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que não têm cargo no governo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC.

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Ribeiro diz na gravação que isso atende a uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", diz o ministro na reunião, que ocorreu dentro da pasta.

O líder afirma que o ministro sequer foi uma indicação do segmento evangélico, tendo conquistado o posto depois do apoio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça.