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Cerca de 75% dos brasileiros responsabilizam governo Bolsonaro por alta da inflação

De acordo com pesquisa Datafolha de março, descontentamento com gestão atual continua elevado


28/03/2022 09h55

O descontentamento com o governo atual continua em alta, de acordo com a pesquisa mais recente feita pelo Datafolha. O levantamento realizado em março aponta que 75% da população coloca o governo Bolsonaro como responsável pela inflação, mesmo resultado da pesquisa de setembro do ano passado.

Apesar da gestão de Jair Bolsonaro continuar culpando a inflação como resultado da crise global e dos fatores externos, como os governadores que aplicaram o distanciamento social contra a Covid-19, a maior parcela dos brasileiros o responsabiliza pela alta nos preços.

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A pesquisa Datafolha escutou 2.556 eleitores em 181 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Ao todo, 75% responsabilizaram o governo pela inflação, 22% atribuíram nenhuma responsabilidade e 3% não souberam responder.

Em comparação com a pesquisa realizada no ano passado, brasileiros que atribuíram muita responsabilidade caíram de 41% para 36%. Porém, aumentou os que atribuíram um pouco de responsabilidade, de 34% para 39%. Para os que responderam com nenhuma responsabilidade, os números caíram de 23% para 21%.

Entre os eleitores que consideraram respostas mais críticas estão os que indicaram votar em candidatos da terceira via. De acordo com o levantamento, 87% dos que declararam ter a intenção de votar em Ciro Gomes (PDT) afirmaram que o governo atual é responsável pela alta da inflação, com 50% relatando que a gestão Bolsonaro tem muita responsabilidade. Para os que indicaram intenção de votar em Sergio Moro (Podemos), 82% declararam que o governo tem responsabilidade, sendo que 42% consideraram muita responsabilidade.

Entre os eleitores que apoiam Jair Bolsonaro, 75% acreditam que seu candidato seja responsável pela alta dos preços. Na avaliação, 72% são evangélicos, 75% moram no Centro-Oeste, concentração do agronegócio, e 79% moram na região Sul, que votaram em maioria para eleger Bolsonaro.

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