“Petrobras não pode ser sujeita a certas pressões políticas”, diz ex-presidente da empresa

O Roda Viva desta segunda-feira (28) recebeu o economista e ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco.

Logo na abertura do programa, a apresentadora Vera Magalhães perguntou sobre a troca na presidência na Petrobras e as semelhanças do caso dele com o do Joaquim Silva e Luna, demitido na tarde de hoje. O ex-presidente da Petrobras criticou a constante mudança do comando da empresa ao longo de toda a sua história e disse que a companhia não pode ser sujeita a pressões políticas.

“Em quase 69 anos de vida, a Petrobras vai para seu 40º presidente. O mandato médio é menos de dois anos. Os presidentes da empresa, embora alguns tenham merecido, não são demitidos por incompetência, mas por circunstâncias políticas. Os três últimos presidentes, inclusive, caíram por conta do preço dos combustíveis. Esse é um sinal muito ruim para a economia brasileira”, disse Castello Branco.

Ao longo da sua introdução, o convidado ressaltou que a Petrobras não é uma empresa estatal, e sim uma companhia de capital mista, tendo o Estado como o principal acionista. Segundo ele, esse modelo é insustentável para a companhia.

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“Primeiro é que ela precisa atender a dois senhores: ao governo, que se julga dono da Petrobras, e aos acionistas privados, que confiaram suas poupanças e economias”, completou.

Assista ao trecho completo:

Participaram da bancada de entrevistadores Renato Andrade, diretor da sucursal do jornal O Globo em São Paulo, Alexa Salomão, repórter especial do jornal Folha de S. Paulo, o chefe de redação do Valor Econômico no Rio de Janeiro Francisco Goes, a analista de Economia da CNN Brasil Raquel Landim, e Mônica Ciarelli, chefe da sucursal do Estadão e Agência Estado no Rio de Janeiro.

Assista ao programa na íntegra:

O Roda Viva vai ao ar toda segunda-feira às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube, no Dailymotion, nas redes sociais Twitter e Facebook.