O ex-presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, disse, nesta terça-feira (29), que a empresa não pode fazer política partidária. A declaração aconteceu durante uma palestra no “Segundo Seminário O Brasil em Transformação”, no Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília.
“Temos uma estatal de capital aberto com 63% de capital privado. Essa é a empresa que a gente tem que cuidar, para dar resultados. A Petrobras tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer políticas públicas? Não. Pode fazer política partidária? Muito menos ainda”, disse.
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Silva e Luna foi demitido do governo na última segunda (28). O principal motivo da exoneração foi o aumento de preços anunciado pela empresa neste mês de março. No último dia 11, a companhia aumentou o preço da gasolina, do diesel e do gás natural. Enquanto a gasolina sofreu um aumento de 18,8%, o valor do diesel observou uma alta de 24,9%.
O general da reserva se defendeu e disse que a empresa é livre para controlar o preço dos combustíveis.
“Pela lei de 1997, a Petrobras concorre livremente no mercado, como qualquer outra empresa. E também os preços passam a ser determinados livremente pelo mercado. Lei de mercado. Passados 25 anos, a Petrobras tem dificuldade de explicar isso para a sociedade. E a Constituição determina que a Petrobras deve atuar como empresa privada. É a lei que determina. Não é da vontade do presidente”, afirma.
O ex-presidente da Petrobras ainda afirmou que não cabe espaço para aventureiros no comando da empresa. “A empresa está bem cuidada, tem uma governança muito forte. Não tem lugar para aventureiro. Não cabe. As decisões tomadas são coletivas. Passam por várias instâncias, até se chegar a uma decisão”, completou.
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