A NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) anunciou um marco para a astronomia nesta quarta-feira (30). A agência governamental dos EUA divulgou que o Telescópio Espacial Hubble detectou a luz da estrela individual mais distante já vista até hoje.
A estrela recém-detectada está distante ao ponto de sua luz levar 12,9 bilhões de anos para chegar à Terra. Os menores objetos vistos anteriormente a uma distância tão grande são aglomerados de estrelas, embutidos dentro de galáxias primitivas.
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Segundo a Nasa, a estrela existia quando o universo tinha cerca de 4 bilhões de anos, ou 30% de sua idade atual, em um momento que os astrônomos chamam de “desvio para o vermelho 1,5”.
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Em nota divulgada pela NASA, o astrônomo Brian Welch, da Universidade Johns Hopkins, afirmou em artigo da revista Nature que descreve a descoberta que quase não acreditou no começo.
“Normalmente a essas distâncias, galáxias inteiras parecem pequenas manchas, com a luz de milhões de estrelas se misturando”, disse Welch. “A galáxia que hospeda esta estrela foi ampliada e distorcida por lentes gravitacionais em um longo crescente que chamamos de Arco do Nascer do Sol”.
Depois de estudar a galáxia em detalhes, Welch determinou que uma característica é uma estrela extremamente ampliada que ele chamou de Earendel, que significa “estrela da manhã” em inglês antigo.
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A descoberta foi feita a partir de dados coletados durante o programa RELICS (Reionization Lensing Cluster Survey) do Hubble, liderado pelo coautor Dan Coe no Space Telescope Science Institute (STScI), também em Baltimore.
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