A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (8) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), cometeu crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O caso teria acontecido entre 2014 e 2017. As investigações começaram em 2018 e concluiu que o empresário Joesley Batista pagou propina ao PP em troca de apoio para a reeleição da então presidente Dilma Rousseff e ainda apoio durante o segundo mandato.
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A defesa do ministro da Casa Civil afirmou que “estranhou” o relatório da Polícia Federal.
"A Defesa tem absoluta confiança que o tempo das delações sem nenhuma fundamentação já está devidamente superado pelas decisões independentes do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal", diz a nota.
Joesley afirmou em depoimento que o pagamento da propina de R$ 500 mil ao então senador Ciro Nogueira foi entregue em uma mala.
“Parte da vantagem indevida foi encaminhada ao Partido Progressista, por determinação de Ciro Nogueira, por intermédio de doação eleitoral oficial, como consta nos recibos da prestação de campanha”.
“Outra parte, cerca de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) foi repassada em espécie, por intermédio do Supermercado Comercial Carvalho, para Gustavo Lima, irmão de Ciro Nogueira, que se incumbiu da tarefa de pegar o dinheiro e repassar para Ciro Nogueira”, afirma a corporação.
A Polícia Federal aponta outros envolvidos no caso: Gustavo Lima, irmão de Ciro Nogueira; Edinho Silva, então tesoureiro da campanha do PT; Joesley Batista e Ricardo Saud.
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