O Ministério Público Federal (MPF) solicitou que a União retome ações contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami à Justiça Federal. O pedido se deu na última segunda-feira (11), após a Hutukara Associação Yanomami (Hay) denunciar que garimpeiros exigem sexo com as mulheres da tribo em troca de comida.
Segundo a Hay, pelo menos três garotas Yanomami de até 13 anos morreram após serem abusadas sexualmente no ano de 2020. As vítimas dos garimpeiros “eram novas, tendo apenas tido a primeira menstruação”, afirmou uma das testemunhas.
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A solicitação do MPF se dá pois as operações executadas pelo Governo Federal em 2021 não controlaram o avanço da prática, de acordo com o próprio ministério. Os Yanomami residem na maior reserva do país, que se estende por 10 milhões de hectares entre os estados do Amazonas e de Roraima.
“O MPF pede que o Governo Federal coordene o planejamento de novas operações de repressão contra os crimes socioambientais da região e que as equipes policiais permaneçam no local até que todos os infratores ambientais sejam retirados da terra indígena", aponta o ministério.
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