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Presidente do FNDE afirma que pastor fez “insinuações”: 'Me ajuda que eu te ajudo'

Marcelo Lopes da Ponte prestou depoimento à Comissão da Controladoria-Geral da União


12/04/2022 21h04

O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, informou em depoimento à Controladoria Geral da União (CGU) que recebeu "insinuações" do pastor Arilton Moura. O pastor é suspeito de cobrar prefeitos em troca de verbas do MEC.

"Me ajuda que eu te ajudo", teria dito o pastor a Marcelo Lopes da Ponte. Segundo depoimento do presidente do FNDE.

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O trecho está no relatório final da Comissão de Instrução Preliminar instaurada pela CGU ainda em 2021. O inquérito apura suposto pagamento de propina feito pelo pastor durante eventos do MEC. Marcelo Lopes da Ponte prestou depoimento ao órgão e foi questionado sobre a atuação de Arilton. 

"Indagado sobre a forma e para que o Sr. Arilton insinuou uma oferta de vantagem indevida, o declarante aduziu que: 'Que o Sr. Arilton se apresentou por meio do MEC; que o primeiro contato se deu em fevereiro de 2021; que a relação sempre foi burocrática e institucional; que as insinuações do Sr. Arilton nunca trataram de números, mas sim de frases como 'me ajuda que eu te ajudo”, diz um trecho.

O relatório do órgão afirma que "o sr. Arilton prometia aos municípios algum tipo de benefício como resultados dessas visitas institucionais; que tão logo recebeu a insinuação do sr. Arilton comunicou ao Sr. Victor Godoy e posteriormente ao Ministro da Educação; que não havia testemunhas no momento em que o Sr. Arilton fez as insinuações".

Além dos pastores citados, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro também é investigado no suposto favorecimento a pastores com verbas do MEC.

Durante o depoimento, o presidente do FNDE ainda contou que o caso foi repassado a Milton Ribeiro. Segundo ele, não há testemunhas que tenham visto o momento em que o pastor teria insinuado o suposto pagamento de propina.

O relatório final foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte abriu uma investigação para apurar a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

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