O Palácio do Planalto decretou sigilo sobre os encontros entre o presidente Jair Bolsonaro e dos pastores investigados pela Polícia Federal, Gilmar Santos e Arilton Moura. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou que o áudio sobre o encontro coloca em risco a vida do chefe do Executivo e de sua família. A informação é do jornal O Globo.
O jornal informou que os documentos foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. A crise no ministério começou quando outro veículo divulgou uma gravação que mostra o presidente Jair Bolsonaro (PL) pedindo a liberação de recursos do Ministério da Educação para prefeituras que negociaram o repasse com dois pastores, que não possuem cargos na Pasta.
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Na gravação, o ex-ministro Milton Ribeiro diz que "minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”.
Informações apontam que pastores se encontraram com Bolsonaro três vezes no Palácio do Planalto e uma no Ministério da Educação.
Na última quarta (12), o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, informou em depoimento à Controladoria Geral da União (CGU) que recebeu "insinuações" do pastor Arilton Moura.
O trecho está no relatório final da Comissão de Instrução Preliminar instaurada pela CGU ainda em 2021. O inquérito apura suposto pagamento de propina feito pelo pastor durante eventos do MEC. Marcelo Lopes da Ponte prestou depoimento ao órgão e foi questionado sobre a atuação de Arilton.
"Me ajuda que eu te ajudo", teria dito o pastor a Marcelo Lopes da Ponte. Segundo depoimento do presidente do FNDE.
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