Após a ONU realizar uma operação de dois dias para a retirada de mais de 100 civis, a Rússia voltou atacar a siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, nesta segunda-feira (2). A informação foi dada pela prefeitura da cidade.
Mariupol é uma das cidades onde há os confrontos mais pesados entre Rússia e Ucrânia e se tornou o palco da mais grave crise humanitária do conflito.
Leia também: Alemanha defende embargo gradual ao petróleo russo
O município está sob controle russo, porém, há muitos civis ucranianos que permanecem no local e Azovstal é o local onde está a maioria deles. O complexo, criado no período soviético, inclui um labirinto de bunkers subterrâneos.
O governo russo justifica os ataques na siderúrgica por entender que no local há “reféns” e “prisioneiros” do “Regime de Kiev”, que é composto pelo Batalhão Azov, uma milícia ligada a ideologias nazistas que surgiu no país em 2014.
Visão russa sobre retirada de civis
O Ministério de Defesa da Rússia também emitiu uma nota na tarde de hoje atribuindo a retirada de civis de Azovstal a Vladimir Putin. Além disso, afirmou que os civis que permaneceram em Kiev oram entregues a representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Cruz Vermelha.
Porém, omitem que Putin ordenou um cerco a Azovstal de modo "que nem mesmo uma mosca" pudesse escapar, e que a ONU e a Cruz Vermelha coordenaram a operação.
Uma nova operação de retirada de civis estava agendada para esta segunda-feira, mas nem chegou a começar. O motivo da desistência não foi divulgado oficialmente, mas os ataques russos estão diretamente ligados.
REDES SOCIAIS